Thursday, March 27, 2014

Agora mesmo à pendura...

Viva!

Como a minha Pcx é tão espetacular, despertou o bichinho das duas rodas cá em casa e mais um membro da família "nasceu", uma Honda CBF 600.

Ainda sem top case, estava ansiosíssima para experimentar o lugar de pendura da dita, sendo que nunca havia andado em nada de duas rodas para além da minha scooter. A primeira viagem foi algo vertiginoso, com alguma sensação de que não estaria bem segura, mas uma perspetiva excelente sobre a cidade, o mar, tudo! Ao final da curta viagem (uma voltinha) cheguei com os braços em "papa" da força que fiz para me segurar e uma do rabo que só eu sei...!


A segunda viagem que fizemos, já um pouco maior e ainda sem top case, foi de cerca de 200km (ida e volta) até à zona de Coruche. (Não foram muitos quilómetros de autoestrada e a velocidade baixa a moderada, por isso, a aventura sobre o meu cabelo fica para a próxima).

Para lá foi giríssimo, sol na maior parte do caminho, nevoeiro cerrado na ponte Vasco da Gama, WOW!! :D Adorei! Parecia um filme de terror, aquelas neblinas muito baixas, que se conseguem ver a movimentar-se (pelo menos parece) e a água a acumular na viseira como se estivesse a chover! Apesar, novamente, da força de braços e tensão de não ter apoio atrás de mim, a ida foi óptima, parámos para café entretanto, estava já estafada de braços, pernas e pescoço da tensão e pressão do vento. Mas, sempre que a velocidade vinha para níveis de "passeio", hmmm, que bom...! A visão alta sobre a paisagem, a sensação da ausência de barreiras entre nós e o que vemos, óptimo!

Pontos menos positivos foi a pressão do vento no capacete que fazia com que tivesse constantemente, e especialmente acima dos 100km/h, que fazer uma enorme força com o pescoço para contrariar a força do vento. Quando me encostava mais à frente, melhorava um pouco mas não totalmente, pois agora ia com as costas menos direitas. Lá encontrei uma posição intermédia e ia-me tentando "esconder" o melhor possível atrás da cabeça dele para não apanhar tanto vento! :)

A volta, por sua vez, foi tão fria tão fria tão fria........ Já de noite mas já jantados (e bem!), pouco trânsito, estrada em bom estado mas tanto frio!!! Custava mexer as pernas da posição "dobradas" para a posição "esticadas" quando me levantei para esticar as pernas (parámos obviamente para este efeito :P). Sim, porque quando se fazem viagens de carro e diziam que íamos parar para esticar as pernas, para mim era parar para ir ao Wc ou para fumar (haverá um post sobre este assunto - fumar - no próximo dia 30 de março :)), as minhas pernas estavam, na maior parte das vezes, óptimas ou só ligeiramente doridas. Agora sim, de mota é mesmo para esticar as pernas, até alongamentos já fiz e ajuda! Os dedos das mãos doíam e estavam dormentes de tanto frio e os pés mal os sentia pelo mesmo mal... Mais um bocadinho e lá chegámos a casa para aquecer.

Notas mentais a não esquecer:
- Se está sol mas a temperatura máxima não passa dos 15graus, levar na mesma os collant's térmicos ou leggins de lã, nunca subestimar o inverno em duas rodas, mesmo com sol...!
- O mesmo se aplica a uma gola para tapar o pescoço e boca/nariz, vale bem a pena cortar esta corrente de ar, ainda pra mais à pendura, mesmo que embacie um pouco, do mal o menos! :)
- As dores musculares fazem parte e, sabendo que o nosso corpo se acostuma a quase tudo o que pretendermos..., é tudo uma questão de habituação e resistência ;)

Na realidade, até à data, o problema foi mais o frio, do que propriamente a viatura.  Apesar de tudo continuei ansiosa por mais viagens mas de preferência com um encosto à patroa :P

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